Agência Brasil
Vladimir Platonow
Marina participou hoje (1º), no Rio, de encontro do grupo Transição Democrática, que visa à renovação da estrutura e dos rumos do PV, partido ao qual é filiada.
“O relatório vai ficar pronto, segundo o relator [deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), na segunda feira [2]. E o presidente [da Câmara dos Deputados] Marco Maia [PT-RS] já está dizendo que vai colocar em votação na terça-feira [3]. A sociedade não tem as informações do que está sendo acatado, para saber se nós estamos tendo avanços ou retrocessos na questão da proteção e do uso sustentável das nossas florestas.”
A ex-ministra, que ficou cinco anos e cinco meses à frente do Ministério do Meio Ambiente, demonstrou extrema preocupação com determinados pontos incluídos no relatório final. Segundo ela, existe risco de o país passar ao mundo a imagem de retrocesso ambiental, às vésperas da realização da Rio+20, conferência internacional que será realizada no ano que vem, marcando duas décadas da Rio 92.
“Eu vejo com muita preocupação. Por isso, defendo que o melhor é adiar essa votação para que se tenha um tempo e, de forma transparente, discutir com a sociedade quais são as mudanças que se podem fazer, mas sem que isso signifique retrocesso. Nós temos 60% do nosso território com florestas e não se pode alterar o código para diminuir a proteção.”
Caso o texto destoe das preocupações dos ambientalistas e represente perigo de aumento da devastação florestal do país, Marina sugere que a última medida seja o veto presidencial. “A presidenta Dilma se comprometeu no segundo turno [das eleições] que, se não houvesse uma proposta razoável, ela vetaria”.
Fonte: Jornal do Brasil
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