sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

0 MPE divulga pesquisa sobre as fontes contaminação do rio Acre

A promotoria especializada de Defesa do Meio Ambiente divulgou no dia de ontem, uma pesquisa da SOS Amazônia, (Organização Não- Governamental ligada à área ambiental), que traça um panorama de todas as fontes poluidoras do principal manancial de água doce, que abastece as cidades acreanas, situadas no Vale do Rio Acre. O levantamento apontou a ocupação irregular das margens do rio; o esgoto doméstico, sem nenhum tratamento; os lixões a céu aberto; agrotóxicos, por conta da atividade pecuária, além dos desbarrancamentos por conta do desmate irregular das matas ciliares.
Apesar dos esforços das instituições ambientais, poucos prefeitos compareceram ao evento, para tratar do assunto. De acordo com a promotora de justiça Meri Cristina Amaral Gonçalves, os dados servirão de parâmetro, para pactuar com os gestores públicos, na esfera estadual e municipal, para adoção de ações permanentes, que contribua, para equacionar o problema. Como as medidas, são de curto, médio e longo prazo, nesta primeira etapa, buscará convidar as autoridades, para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas se a solução amigável não for adotada, não descarta a hipótese das ações judiciais, para que as medidas possam ser adotadas. Afinal, o rio é o principal manancial de água, que abastece as comunidades de Rio Branco, Porto Acre, Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil.
Trabalho de campo – O assessor – técnico da ONG, Artur Leite destacou que o trabalho de campo levou12 meses. Durante o período, percorreu todos os municípios acreanos, banhados pelo rio Acre, detectando todos os problemas descritos no relatório. Para fundamentar o trabalho, fizeram coleta de água em todos os locais, mas o local com maior índice de contaminação ficou com o Canal da Maternidade. Este trecho, segundo o pesquisador, é o local, com maior contaminação de coliformes fecais. “Temos que combater as ligações clandestinas dos esgotos domésticos, que é a principal fonte poluidora do nosso rio”, alertou Leite.
Mas como o manancial de água é a principal fonte de abastecimento das cidades acreanas, as prefeituras precisarão buscar alternativas, para tratar o esgoto doméstico, que é jogado no rio. Sem o apoio da sociedade, o poder público, não tem como resolver o problema. “Por isso, defendo que as medidas não sejam interrompidas, mesmo que os governos mudem”, finalizou o ambientalista, que aproveitou a ocasião, para divulgar os dados.
O RIO BRANCO.NET

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